Ele ressuscitou, verdadeiramente!
- murdochwilliam28
- Jun 10
- 3 min read

3ª Feira, 10 de junho de 2025
À noitinha, ao contemplar o painel que tenho do Senhor Jesus morto aos pés de Maria, fui tomado por pensamentos profundos sobre a veracidade da Sua ressurreição. Entre tantas reflexões que já tive ao longo dos anos, surgiu um argumento novo, claro como a luz do dia, que não me recordo de ter ouvido anteriormente. Trata-se de uma evidência poderosa contra uma das objeções mais comuns ao fato da ressurreição: a ideia de que os discípulos teriam retirado o corpo de Jesus do sepulcro para, posteriormente, espalharem a narrativa de que Ele havia ressuscitado.
Mas se pensarmos com honestidade e nos colocarmos no lugar dos discípulos naquele momento, essa tese começa a ruir. Por que fariam isso? Que motivo teriam? O que ganhariam com isso? Para que alguém tivesse interesse em esconder o corpo de Jesus, teria de haver uma intenção clara, um propósito bem definido — mas os Evangelhos nos mostram justamente o contrário: os discípulos estavam confusos, desiludidos e profundamente abalados.
É preciso lembrar que os discípulos não esperavam uma morte ignominiosa para o seu Mestre. A entrada triunfal em Jerusalém no Domingo de Ramos havia enchido seus corações de esperança. Eles ainda sonhavam com um Messias libertador, alguém que os livraria do domínio romano. No entanto, em poucos dias tudo desmoronou: prisão, julgamento, escolha de Barrabás no lugar de Jesus e, por fim, a crucificação. A maioria fugiu. Não havia clareza na mente deles sobre o que era o Reino de Deus. Muitos ainda pensavam em termos políticos e terrenos, e não em uma salvação espiritual e eterna.
Diante dessa confusão mental, como seria possível que esses homens, simples pescadores, cobradores de impostos e trabalhadores comuns, elaborassem uma fraude tão ousada e complexa como o roubo do corpo de Jesus para fingir uma ressurreição? Eles não tinham estrutura emocional, teológica ou sequer psicológica para arquitetar tal plano. Estavam desolados, com medo, escondidos — é isso que os relatos históricos e bíblicos nos mostram.
Mais ainda, qual seria o objetivo de esconder o corpo de alguém que, aparentemente, fracassou em sua missão? Que tipo de lógica haveria em inventar que Ele ressuscitou, se nem mesmo eles compreendiam, naquele instante, o que realmente significava a ressurreição? Se Jesus tivesse sido apenas um líder político fracassado, um "falso messias", seus seguidores teriam feito o que os seguidores de tantos outros líderes derrotados fizeram ao longo da história: voltariam à vida anterior, conformados com o fracasso.
A teoria do roubo do corpo esbarra ainda em outra contradição: mesmo que houvesse um pequeno grupo com intenções de sustentar uma mentira, como e quando teriam tido tempo de arquitetar esta história? E onde se teriam reunido para isso? De fato entre a prisão, julgamento e morte do Senhor, não se passaram mais do que 20 horas! E o líder, Pedro, nem estaria nessa? Porque ficou acompanhando o julgamento no pátio da casa de Caifás, onde foi até identificado, o que o fez negar conhecer Jesus! João estava junto à cruz, acompanhando Maria. Judas se suicidava. Quais do outros 9 montariam a farsa?
Portanto, volto à pergunta fundamental: que sentido faria retirar o corpo do sepulcro se não havia sequer uma concepção nítida da ressurreição? A hipótese do roubo não se sustenta diante da realidade humana e histórica dos discípulos. Se alguém quiser negar a ressurreição, que apresente uma teoria mais plausível — mas, até hoje, todas carecem de lógica, coerência e motivação real.
A fé cristã não se apoia em ilusões, mas em uma realidade que transformou vidas, atravessou os séculos e permanece viva. A ressurreição não foi uma invenção dos homens, mas uma revelação de Deus — a vitória definitiva sobre a morte.




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