Fiquei penasando nas notas musicais e, de novo, quanto o Cristianismo influenciou maravilhosamente tudo o que tocou. Na verdade é um estímulo para que, mesmo hoje, entendamos que o Espírito Santo quer morar emn nós e nos fazer crescer em qualquer ramos da vida, inclusive no científico.
Desde o século VI a.C. há o desenvolvimento de teorias musicais mais complexas, com o padrão da escala diatônica, de sete notas. Mas foram necessários mil e seiscentos anos parav que um monge italiano conseguisse noear estas notas e facilitar tudo daí pra diante.
E nomeou-as através do hino a São João Batista, o “Ut queant laxis” ( que aparece na ilustração), usando as primeiras silabas de cada estrofe. Mais tarde o Do substituiu o Ut, para melhor sonoridade. Mas foi Guido D’Arezzo que no ano 1000 mexeu com estas coisas, inclusive com om pentagrama usado até hoje na composição musical. É isso, gente religiosa usando seu saber em prol de toda a humanidade!
Da delícia de saber que o Espírito Santo inspira o bem e o belo, nada melhor do que mostrar para nós Católicos que Ciência e Religião sempre estiveram juntas. Quem quis separar foi Lutero e seus seguidores. Até hoje os Evangélicos têm medo da Ciência até porque resolvem interpretar a Bíblia a seu bel prazer e se metem em becos sem saída! Até acreditar que o mundo foi criado mesmo em 6 dias reais! Quando desde o início da Igreja, os Santos Padres já falavam que a interpretação de muitos trechos deveria ser alegórica, o que interessava era a mensagem subjacente do Reino de Deus! A Igreja se baseia no simples e óbvio fato de que se Deus criou todas as coisas, Fé e Ciência nunca poderão estar en desacordo.
Trago aqui alguns homens de Deus que também eram cientistas. Cuidavam de sua vida de oração e no tempo restante tinham magníficas inspirações no campo científico. Deus vai por todos os caminhos…
Começo com o Guido d’Arezzo (992-1050} cujas realizações já expus.
Pouco antes dele São Silvestre (945-1003) era um Papa matemático que foi o principal divulgador dos numerais arábicos na cristandade.
Temos a seguir Santo Alberto Magno (1193-1280) sacerdote dominicano que começou a se interessar pela Química, desbancando a Alquimia. Foi quem descorbriu o Arsênio.
Roger Bacon (1214-1294), bem mais nosso conhecido, mas que muitos não sabem que era um frade franciscano que se metia em diversas áreas, ótica, mecânica e, principalmente, filosofia.
Temos o descobridor da refração da luz… Nicolau Oresme (1323-1382) - Teólogo e bispo de Lisieux, fez estudos e pesquisas não apenas como filósofo, psicólogo e musicólogo, mas também como economista, matemático, físico e astrônomo, e, graças a esse conjunto de conhecimentos, descobriu a refração atmosférica da luz. Ou seja, fazia tudo isto no tempo que lhe sobrava da oração. Como quase todos aqui citados. Deus lhes servia de inspiração científica.
Nicolau Copérnico (1475-1543) Embora seja famosíssimo, ainda há muita gente que não sabe que este matemático e astrônomo polonês, pai da teoria heliocêntrica e da astronomia moderna, era sacerdote. E também era jurista, político, líder militar, diplomata e economista.
Francesco Maria Grimaldi (1618-1663) Padre jesuíta italiano, físico e matemático, ele construiu instrumentos para medir características geológicas da lua e foi pioneiro nos estudos sobre a difração da luz.
Giovanni Battista Riccioli (1598-1671) - Também sacerdote jesuíta, foi o primeiro a medir a aceleração de um corpo em queda livre e é reconhecido como pioneiro da astronomia lunar.
Athanasius Kircher (1602-1680) - Outro jesuíta cientista, inventor, poliglota e especialista em cultura oriental, contribuiu também com a medicina ao usar um microscópio rudimentar para examinar doentes de peste: um projetor de imagens conhecido como “lanterna mágica”, criado por ele próprio, possibilitou importantes avanços na compreensão da peste bubônica. Além disso, escreveu mais de quarenta livros, entre eles o famoso “Mundus Subterraneus” (1665), para expor o conhecimento da época sobre o interior da Terra.
O nosso Bartolomeu Lourenço de Gusmão (1685-1724) - Este padre é um dos precursores da aviação, a FAB concede todos os anos, a pessoas que prestaram serviços importantes para a aeronáutica, um prêmio que traz o nome dele: a Medalha Bartolomeu de Gusmão.
Ruder Boskovic (1711-1787) - Mais um jesuíta que, além de sacerdote, era poeta, físico, astrônomo, filósofo e matemático. Influenciou na obra de nomes tão relevantes como Faraday, Kelvin e Einstein. Muitos nomes famosos, de fato se apoiam no trabalho de assistentes.
Gregor Mendel (1822-1884) - Agostiniano austríaco e pai da genética, legou ao mundo as assim chamadas “leis de Mendel” sobre a transmissão dos caracteres hereditários, com grande paciência e sentido aguçado de observação.
James B. Macelwane (1833–1956) – Há uma medalha anual, com seu nome, sendo uma homenagem a este padre jesuíta que se dedicou com grande empenho à formação de jovens cientistas que contribuíssem com o progresso da humanidade.
Jean-Baptiste Carnoy (1836-1899) - Fundador da citologia, é dele a criação da importante fórmula da medicina conhecida como “solução de Carnoy”. Nascido na Bélgica, foi ordenado sacerdote em 1861 e se doutorou em Ciências Naturais em 1865.
Aí vem o BIG-BANG!!! Georges Lemaître (1894-1966) - Padre católico belga, era astrônomo, cosmólogo e físico. Propôs a “hipótese do átomo primordial” para estudar a origem do universo, o que veio a se popularizar como a teoria do Big Bang.
Bonaventura Thürlemann (1909–1997) - A este padre beneditino e professor de matemática e física na escola do mosteiro de Engelberg, na Suíça, é reconhecida a invenção dos medidores eletromagnéticos de fluxo.
Apesar de toda a contribuição da Igreja em TODOS os campos ainda é grande (e surpreendente) o número de laicistas intelectualmente desonestos que teimam em pré-julgar uma Igreja que sequer conhecem – muito em desacordo com seu próprio mantra de se livrar de boatos infundados em vez de engoli-los cegamente…
Reemos para que Deus, mansamente, conquiste os corações de todos, principalmente dos cientistas!